Depois de pouco mais de meia xícara de década e poucos dias de velinhas, escrevo, sem coragem estas pálidas linhas.
O peito, cheio de coisas a dizer e com tantas outra para escutar bate descompassadamente no desenrolar de cada palavra, não sei se por saudade ou dúvida de amar, de amor, que nem sei se bateu asas e voou.
Não sei explicar as certezas, tão superficiais e escorregadias como limo na superfície da razão tão maluca de dezessete idades. Como tudo deve ser, como deveria ser eu não sei, nem por que amor tão profundo pôde sublimar num segundo...
Para fugir, mesmo meio vazia busquei-me em outras metades só para sentir-me por inteiro, mas a poesia não deixa; ela escancara razões que não queria nem mais, que estavam lá no sótão, cobertas de poeira e algemadas por teias de aranha.
Explicar, não posso, continuar assim, terminar a carta, fazê-la entendida pelos leitores, dar fim à sina não posso. Mal resolvido(a)(os).
Resto eu, aqui, com os pedaços de coração lançado do 17º andar dentro dos bolsos. Só.
Desculpe. Esse texto começava diferente.
Era pra ser assim:
'Se o que sentes for tão grande para gotejar por este tempo, deixa-o gotejar por mais um pouco.
Gradativamente, vagarosamente os olhos são abertos e a (porcaria da) razão deixa passar pela pupila a luz e formar na retina a verdade. '
Tive medo de escrever o resto.
Era pra ser tudo diferente.
Culpa minha, eu acho.
P.S.: Desculpa aí, gente. Tinha que dizer isso, mesmo que estivesse afogado em metáforas tão claras. Breve algo mais racional.
O peito, cheio de coisas a dizer e com tantas outra para escutar bate descompassadamente no desenrolar de cada palavra, não sei se por saudade ou dúvida de amar, de amor, que nem sei se bateu asas e voou.
Não sei explicar as certezas, tão superficiais e escorregadias como limo na superfície da razão tão maluca de dezessete idades. Como tudo deve ser, como deveria ser eu não sei, nem por que amor tão profundo pôde sublimar num segundo...
Para fugir, mesmo meio vazia busquei-me em outras metades só para sentir-me por inteiro, mas a poesia não deixa; ela escancara razões que não queria nem mais, que estavam lá no sótão, cobertas de poeira e algemadas por teias de aranha.
Explicar, não posso, continuar assim, terminar a carta, fazê-la entendida pelos leitores, dar fim à sina não posso. Mal resolvido(a)(os).
Resto eu, aqui, com os pedaços de coração lançado do 17º andar dentro dos bolsos. Só.
Desculpe. Esse texto começava diferente.
Era pra ser assim:
'Se o que sentes for tão grande para gotejar por este tempo, deixa-o gotejar por mais um pouco.
Gradativamente, vagarosamente os olhos são abertos e a (porcaria da) razão deixa passar pela pupila a luz e formar na retina a verdade. '
Tive medo de escrever o resto.
Era pra ser tudo diferente.
Culpa minha, eu acho.
P.S.: Desculpa aí, gente. Tinha que dizer isso, mesmo que estivesse afogado em metáforas tão claras. Breve algo mais racional.