sábado, 7 de fevereiro de 2015

Despert(o)a(m)dor


O cintilar da íris não nega: de saudade o peito, frágil, sapateia rumores de dores, flores, 'fores' e 'voltares'.
Das partidas, o discurso partido em dois lembra do tempo de riso, das tardes castanhas em olhos de céu azul, dos mares de olhos que brotaram após repetido adeus.
Partiu, partido.
O tempo incauto encarregou-se de vestir outra perspectiva. Pobre coração! Sofreu o amargo de versos sentidos, o fel do caminhar solitário em par.
Agora, re-partido, ímpar.
Do que digo, nem sei mais. Perco-me na temporalidade que persegue, que envolve o tempo e pausa em mistura homogênea. Ato e remendos nesse caminhar disperso, agora deserto, por certo.
Perco-me nas palavras, contudo, a certeza do que almejo é mais que coerente, viva. É cor, é gosto, é doce dos lábios, o laço e entrelaço. É tempo, invento, maravilha, esperança na capa de silêncio.