sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sen(s)ação


É emocionante o fim do contar das horas, para eternizar os segundos num arrepio...
O encontro, choque de olhares, colisão inelástica produzindo silêncio.


Num instante, ausência da ação verbal. Discurso mofado, de páginas amareladas, defenestrado pelo fitar dos olhos, movidos pela voz lá de dentro, que num gesto disse o não dito -ao menos não era para ser dito.

Do abraço, senti o fim do denso inverno dentro do castelo glacial.
Taquicardia... o coração desmontando cada verbete, cada segredo, intimidando esse auto ditador, demolindo as fortalezas de cristal, implosão do medo diamante.

O descongelar do coração no olhar que, de tão fundo, me intimida, invalidando todo o discurso.


15/3

...




Correu o tempo.
Agora, as mãos estão sozinhas, tentando perpetuar a segurança num arrepio, por isso teço a poesia, a do amor distante talvez, que vive nos sonhos, quase ultrapassando a porta da realidade;
Amor que, de tão claro e evidante, vira segredo, na difícil missão de derrubar os muros de um coração...



P.S.: Tô viva, pessoal!
Esse é mais um capítulo dessa saga, a qual chamamos vida.
[E que vida, hein?!]
Ainda tenta-se derrubar os muros do coração...