quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

*



Respira que a vida é breve.
Inspira que o tempo é curto.
Expira que a sobrevivência é cruel.
Inspira que vale a pena.
Expira. O tempo consome.
Inspira, o sol já vem.
Expira, pois o ontem te deixou marcas.
Inspira, isso é vida.
Expira, ela mata.

Nunca foi tão confuso esse diálogo.


P.S.: Sem noção mesmo, do que fazer, pensar ou escrever...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Re- volução


Amarrem os pulsos do coração!
Controlem o seu pulsar para que não fuja de perto; que sua frequência seja ao menos racional
[e pare de cegar outros nomes nesta história]!

Isso mesmo.
Quero armazenar detrás da retina solução altamente concentrada de sonhos, ideias, pensamentos...
Sinto necessário tomar um caminho de ida, nele sinto que alguns costumes
[ou algumas partes de mim]
deixem as migalhas de poesia no caminho e se percam na floresta escura da opinião alheia.
[Ninguém venha me dizer que nunca fez isso!]

Não é teatro, nem suicídio;
mudança de postura que reflete na alma de fora,
afinal já era hora de outro conflito dos 'seres' com os 'viveres'.
Não de rótulo, ou cirurgia plástica;
é ecdise de sujeito poético.


P.S.: Ficou bem confuso, mas é isso aí.
Que seja. ;)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Doce incômodo




A distância, de tão grande, é tão estranha.
Seu jeito faz as células da conjuntiva iniciarem a dança da chuva nos olhos;
Faz despertar terremoto no fundo do mar, trazendo gigantescas ondas de lembrança, enxurrada de emoções marcadas em papéis esquecidos nos bolsos das calças jeans.

A ausência, tão constante, desequilíbrio de sistema, quebra de homeostase; fere o regime estacionário, leva a verborragia intensa, que é tentativa frustrada de ter presença, ao menos por um segundo.
Há tempos que vem como leve brisa a pentear os cabelos, acariciando o rosto dum mortal; noutros, ela vem, parasita, se alimentando das fibras do coração, putrefando qualquer felicidade.
Não sei.

Será isso saudade?

Enquanto os questionamentos batem com ímpeto no meu rosto, eu fico aqui, que nem boba, tecendo palavras [vis], um misto de sensações goteja na alma, criando as estalagmites e estalactites, retratos dos tempos passados, o passado que restou na memória, beirando as folhas de caderno.



P.S.: Foi a forma menos complicada que achei para falar sobre isso que tanto me incomoda. Todos seguem, seguiram, seu rumos. A esperança é que o passado ainda existe, ou luta para ainda existir, na memória.
Breve algo realmente bom.