quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sussurro

Calma.
Cada noite em silêncio é o teste do que seria e talvez seja. Ou não seja. É só um teste.
Não te esqueças que a memória sempre é viva. A emoção é chama, o que sai do peito é sonho, semi-realidade.
Agora, ontem, anteontem, mês passado, amanhã, fim do mês, o futuro, todos os tempos se entrelaçam na esperança que espera à porta da casa um dia laranja.
O peito reluta entre vestir ternura ou dançar o tango da mágoa. Garanto o movimentar descompassado, ausente o talento. Ainda tenho tempo, vivo tecendo frases-pensamentos do que não é.
Retiro-me agora. Deixo que as cócegas da chuva nas telhas me embalem outro sonho, e outro sono, e outro, sono, sonho.
Se for dia, os olhos se abrirão ao iluminar da fronte. Se noite, o Senhor do Tempo deixará a chuva pingar sem fim nas telhas.

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