sexta-feira, 5 de novembro de 2010

(*)

Eu não sei o amor que tenho.
Ele se esconde por entre as letras dos versos, os raios solares teimam em esconder-lhe a face.
Não sei...
Seu tamanho poderia ir além de dimensões oceânicas, ao fundo de poços de sonhos e fazer brotar de lá resumos de mil linhas das extremas felicidades.
Talvez seja forte o suficiente para romper barreiras, correr fronteiras, furar o bloqueio dos paredões duma era glacial, iniciada no início da lágrima (do fim).
Sim, inteligente ao máximo, capaz de guiar todas as sinapses a seu modo, simpatizando a todos os neurotransmissores... preparando missão perfeita.
O amor deve ser resistente o suficiente para construir pontes além do tempo, criar passarelas inter- galáticas, erguer as pálpebras todo o tempo, a fim de não perder nem um cisco de alegria cotidiana.
Ah o amor... forte como jequitibá, firme a desmanchar os conceitos e desvendar (sub)conscientes alheios em busca de cartas, mensagens (para) sobre si, esperança de correspondência.
Amor... se o tenho, não sei.
Quem sabe? O sabes?
Tenho em mim que ainda falta; o que carrego são só cicatrizes acrescidas de prefixos: pseudoesperança, pseudocorrespondência, pseudosorrisos.
Se o tenho, ainda dorme.
Dorme o sonho mais lindo de todos, sonha o tempo mais-que-perfeito da espera...
Espera o dia de manhãs azuis...

08/09/10


* Ok. Por se tratar de amor, o texto não tem título. Não porque é o amor, e sim porque sua descoberta está em andamento.
Descobrindo que esses prefixos não existiam. Feliz, somente. ^^

Um comentário:

  1. Olá menina Raquel,

    pouco mais de um ano que a conheci e ainda continuo admirando tua escrita singela.
    Continue escrevendo, lendo, sonhando...(não necessáriamente nessa ordem)

    Menina que nosso Deus seja contigo e toda sua família em 2011.

    Shalom!

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